APRESENTAÇÃO Apresentamos as Recomendações Brasileiras para o tratamento de infecções causadas por Bacilos gram-negativos (BGN) Multirresistentes (MR) referentes às espécies: Enterobacterales, Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter baumannii, Stenotrophomonas maltophilia e Burkholderia spp. Estas recomendações tiveram como base uma análise crítica das recomendações das sociedades americana (Infectious Disease Society of America -IDSA) e europeia (European Society of Clinical Microbiology and Infectious Diseases – ESCMID) de doenças infecciosas e a revisão dos trabalhos existentes, baseada no melhor grau de evidência que se conseguiu reunir, atentando-se para novos estudos que porventura pudesse surgir, ao longo do período e, por isso, ainda não incluída nos documentos, objetos da análise. Além do melhor grau de evidência que se buscou para o embasamento destas recomendações, levou-se também em consideração a realidade brasileira, com as suas peculiaridades regionais, no que diz respeito à epidemiologia, aos mecanismos mais frequentes, teste de sensibilidade e detecção de mecanismos de resistência e antimicrobianos aprovados para uso clínico pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Desejamos que este trabalho seja de grande valia a todos os profissionais atuantes no atendimento de pacientes acometidos por infecções causadas por BGNs, assim como na orientação para formulação de protocolos de tratamentos dentro dos hospitais brasileiros. A seguir são apresentadas as tabelas com as principais recomendações, que ficarão para consulta pública de modo a permitir que diferentes partes interessadas revisem e forneçam sugestões sobre o conteúdo do documento. Esse processo é fundamental para garantir a transparência, a inclusão de diversas perspectivas para aprimorar a qualidade do documento, o qual será finalizado para publicação na sua versão integral. Pensamos ainda que este documento possa impulsionar a discussão para ampliar o acesso a métodos diagnósticos e novos antimicrobianos também em hospitais públicos brasileiros. Para contribuir, pode escrever para [email protected] ALBERTO CHEBADODiretor Médico do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho/UFRJ Gerente de Relacionamento Médico da DASAMembro do Comitê Assessor de Emergências da Prefeitura do Rio de Janeiro e da SVS/MS
Destaque
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A Sociedade Brasileira de Infectologia comunica que o resultado do sorteio de 30 bolsas para o Summit Vacinas – 2024 foi realizado. Pedimos que os sorteados confirmem, sem falta, a participação nesse evento até sexta-feira (8/3) pelo e-mail ([email protected]) para efetivarmos a inscrição. Confira os ganhadores: Como tivemos uma grande procura, já temos uma lista de espera também. Agradecemos a participação de todos.
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PCDT Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos
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Com dez meses de trabalho conjunto com 18 metodologistas e infectologistas brasileiros e do exterior avaliaram mais de 1000 estudos científicos A SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) em parceria com a API (Associação Panamericana de Infectologia) apresentou, neste mês de fevereiro, os principais resultados de um guia inédito voltado exclusivamente para infectologistas e médicos de diferentes especialidades que tratam a covid-19 em adultos na América Latina. O guia foi elaborado por metodologistas e infectologistas brasileiros e estrangeiros a partir de uma metodologia amplamente utilizada para oferecer uma orientação técnica e didática para o amplo tratamento da covid-19 em todas as etapas da doença. Apesar do envolvimento de pesquisadores de fora, o consenso levou em consideração os tratamentos medicamentosos que estão disponíveis, e aprovados pela Anvisa no Brasil, tanto no mercado público como no privado. “Com esse documento, queremos disponibilizar a todos os médicos informações para atender pacientes com covid-19 leve/moderada, grave ou crítica e principalmente com o medicamento mais apropriado para cada caso”, diz Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia. Metodologia Para formatar esse guia médico, adotou-se um critério bem rigoroso e que faz uma ampla revisão sistemática com metanálise –abordagem estatística que associa e compara resultados dos mais relevantes estudos para tratamento medicamentoso da covid-19. Essa metodologia é também validada cientificamente por respeitadas entidades como a Sociedade Europeia de Infectologia e Sociedade Americana de Doenças Infecciosas e nesse guia também foram analisados medicamentos aprovados pelas agências regulatórias dos países latino-americanos. “Baseamos todo esse trabalho na medicina baseada em evidências e abordamos as reais intervenções farmacológicas, segurança, eficácia, eventos adversos e os benefícios esperados. Com isso, queremos que os médicos possam adotar condutas apropriadas para os distintos quadros de covid-19”, diz Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da SBI. O trabalho avaliou mais de mil estudos científicos, com ensaios clínicos randomizados (estudos de fase três comparados com placebo, duplo-cego) e analisamos até chegar aos que foram mais bem desenhados e com os considerados melhores pela equipe médica desse trabalho. “Analisamos o nível de evidência dos medicamentos utilizados em cada uma das fases da Covid-19 e nesse guia o médico pode encontrar a droga mais apropriada nos mais diferentes quadros clínicos. Será um auxílio extremamente importante a toda a saúde pública. E vale lembrar que ainda estamos na pandemia e isso servirá a todos os médicos”, completa Barbosa. Uso do medicamento O guia traz uma relação criteriosa de medicamentos com evidências nas pessoas que tiveram covid-19, foram estudadas e bem-sucedidas. “Temos que saber adotar e saber, na prática, como cada medicamento funciona e especialmente responder as perguntas: qual o perfil de paciente? Em qual estágio da doença? Como usar essa droga? Tudo isso é fundamental para prescrevermos uma droga para tratar da covid-19. Precisamos ter muita responsabilidade obedecendo a ciência. Fizemos o guia com essas diretrizes e com um propósito sério e prático”, diz a infectologista Monica Maria Gomes da Silva, ressaltando ainda que os estudos analisados pelo guia são multicêntricos e a América Latina está representada nesses estudos. Em breve, o guia completo será publicado na revista científica Annals of Clinical Microbiology and Antimicrobials, publicação com grande impacto e relevância para a Infectologia. De acordo com os especialistas, o guia deve dinâmico e atualizado periodicamente para oferecer as melhores informações aos médicos. Tabela resumida de medicamentos/fases da covid-19 Covid-19 leve/moderada Recomendação favorável (nível de acerto benéfico bem alto) nirmatrelvir/ritonavir Sugestão favorável (tem benefício, mas a evidência não é tão forte) molnupiravir e rendesevir Contraindicação ivermectina hidroxicloroquina Covid-19 grave ou crítica Sugestão favorável rendesevir baracitinib tocilizumabe Números absolutos Os últimos dados da Johns Hopkins University a respeito de óbitos pela covid-19,…
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Curso oficial da SBI – Online
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Desde o aumento de casos de covid-19, sobretudo a partir de novembro de 2022, a Sociedade Brasileira de Infectologia recomenda o retorno de uso de máscaras, em especial nos ambientes fechados e com pouca ventilação. Isso é indicado a todas as pessoas, com especial atenção para a terceira idade, imunossuprimidos, soropositivos, oncológicos entre outros grupos. Além disso, é fundamental que todos apliquem todas as doses da vacina contra covid-19 com o objetivo de proteger cada vez mais a população. Essas medidas visam evitar que o cenário atual de alta nos casos de covid-19 traga um aumento de internações, superlotação nos hospitais e mais mortes, o que preocupa os especialistas. A SBI alerta que esse cenário de aceleração de casos de covid-19 é decorrente da subvariante Ômicron BQ.1 e outras variantes. Além disso, as festas de fim de ano, número grande de pessoas viajando e um descuido por conta de menos óbitos fez com que o uso de máscara seja bem recomendado até que haja uma alteração no perfil epidemiológico.
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Diante dos índices expressivos de aumento de casos diagnosticados de covid-19, sobretudo em função da subvariante BQ.1, bem presente no Brasil. O retorno de medidas preventivas e a necessidade de ofertar e aprovar vacinas bivalentes são alguns aspectos importantes e que constam de documento da SBI, em forma de alerta diante da situação epidemiológica.
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De 19 a 22/9/2023 será realizado em Salvador (BA) o XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia. Esse é um dos mais respeitados eventos de doenças infecciosas do mundo e todas as subespecialidades da Infectologia serão contempladas numa ampla programação científica. Os especialistas estão envolvidos na preparação desse evento que deve receber cerca de dois mil participantes do Brasil e do mundo.. A SBI recomenda que fiquem atentos pois serão divulgadas todas as informações pelo site do evento (https://www.infecto2023.com.br/) e pelas redes sociais da entidade nesse período que antecede o evento. Fiquem por dentro!
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