Com dez meses de trabalho conjunto com 18 metodologistas e infectologistas brasileiros e do exterior avaliaram mais de 1000 estudos científicos A SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) em parceria com a API (Associação Panamericana de Infectologia) apresentou, neste mês de fevereiro, os principais resultados de um guia inédito voltado exclusivamente para infectologistas e médicos de diferentes especialidades que tratam a covid-19 em adultos na América Latina. O guia foi elaborado por metodologistas e infectologistas brasileiros e estrangeiros a partir de uma metodologia amplamente utilizada para oferecer uma orientação técnica e didática para o amplo tratamento da covid-19 em todas as etapas da doença. Apesar do envolvimento de pesquisadores de fora, o consenso levou em consideração os tratamentos medicamentosos que estão disponíveis, e aprovados pela Anvisa no Brasil, tanto no mercado público como no privado. “Com esse documento, queremos disponibilizar a todos os médicos informações para atender pacientes com covid-19 leve/moderada, grave ou crítica e principalmente com o medicamento mais apropriado para cada caso”, diz Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia. Metodologia Para formatar esse guia médico, adotou-se um critério bem rigoroso e que faz uma ampla revisão sistemática com metanálise –abordagem estatística que associa e compara resultados dos mais relevantes estudos para tratamento medicamentoso da covid-19. Essa metodologia é também validada cientificamente por respeitadas entidades como a Sociedade Europeia de Infectologia e Sociedade Americana de Doenças Infecciosas e nesse guia também foram analisados medicamentos aprovados pelas agências regulatórias dos países latino-americanos. “Baseamos todo esse trabalho na medicina baseada em evidências e abordamos as reais intervenções farmacológicas, segurança, eficácia, eventos adversos e os benefícios esperados. Com isso, queremos que os médicos possam adotar condutas apropriadas para os distintos quadros de covid-19”, diz Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da SBI. O trabalho avaliou mais de mil estudos científicos, com ensaios clínicos randomizados (estudos de fase três comparados com placebo, duplo-cego) e analisamos até chegar aos que foram mais bem desenhados e com os considerados melhores pela equipe médica desse trabalho. “Analisamos o nível de evidência dos medicamentos utilizados em cada uma das fases da Covid-19 e nesse guia o médico pode encontrar a droga mais apropriada nos mais diferentes quadros clínicos. Será um auxílio extremamente importante a toda a saúde pública. E vale lembrar que ainda estamos na pandemia e isso servirá a todos os médicos”, completa Barbosa. Uso do medicamento O guia traz uma relação criteriosa de medicamentos com evidências nas pessoas que tiveram covid-19, foram estudadas e bem-sucedidas. “Temos que saber adotar e saber, na prática, como cada medicamento funciona e especialmente responder as perguntas: qual o perfil de paciente? Em qual estágio da doença? Como usar essa droga? Tudo isso é fundamental para prescrevermos uma droga para tratar da covid-19. Precisamos ter muita responsabilidade obedecendo a ciência. Fizemos o guia com essas diretrizes e com um propósito sério e prático”, diz a infectologista Monica Maria Gomes da Silva, ressaltando ainda que os estudos analisados pelo guia são multicêntricos e a América Latina está representada nesses estudos. Em breve, o guia completo será publicado na revista científica Annals of Clinical Microbiology and Antimicrobials, publicação com grande impacto e relevância para a Infectologia. De acordo com os especialistas, o guia deve dinâmico e atualizado periodicamente para oferecer as melhores informações aos médicos. Tabela resumida de medicamentos/fases da covid-19 Covid-19 leve/moderada Recomendação favorável (nível de acerto benéfico bem alto) nirmatrelvir/ritonavir Sugestão favorável (tem benefício, mas a evidência não é tão forte) molnupiravir e rendesevir Contraindicação ivermectina hidroxicloroquina Covid-19 grave ou crítica Sugestão favorável rendesevir baracitinib tocilizumabe Números absolutos Os últimos dados da Johns Hopkins University a respeito de óbitos pela covid-19,…
Destaque
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Curso oficial da SBI – Online
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Desde o aumento de casos de covid-19, sobretudo a partir de novembro de 2022, a Sociedade Brasileira de Infectologia recomenda o retorno de uso de máscaras, em especial nos ambientes fechados e com pouca ventilação. Isso é indicado a todas as pessoas, com especial atenção para a terceira idade, imunossuprimidos, soropositivos, oncológicos entre outros grupos. Além disso, é fundamental que todos apliquem todas as doses da vacina contra covid-19 com o objetivo de proteger cada vez mais a população. Essas medidas visam evitar que o cenário atual de alta nos casos de covid-19 traga um aumento de internações, superlotação nos hospitais e mais mortes, o que preocupa os especialistas. A SBI alerta que esse cenário de aceleração de casos de covid-19 é decorrente da subvariante Ômicron BQ.1 e outras variantes. Além disso, as festas de fim de ano, número grande de pessoas viajando e um descuido por conta de menos óbitos fez com que o uso de máscara seja bem recomendado até que haja uma alteração no perfil epidemiológico.
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Diante dos índices expressivos de aumento de casos diagnosticados de covid-19, sobretudo em função da subvariante BQ.1, bem presente no Brasil. O retorno de medidas preventivas e a necessidade de ofertar e aprovar vacinas bivalentes são alguns aspectos importantes e que constam de documento da SBI, em forma de alerta diante da situação epidemiológica.
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De 19 a 22/9/2023 será realizado em Salvador (BA) o XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia. Esse é um dos mais respeitados eventos de doenças infecciosas do mundo e todas as subespecialidades da Infectologia serão contempladas numa ampla programação científica. Os especialistas estão envolvidos na preparação desse evento que deve receber cerca de dois mil participantes do Brasil e do mundo.. A SBI recomenda que fiquem atentos pois serão divulgadas todas as informações pelo site do evento (https://www.infecto2023.com.br/) e pelas redes sociais da entidade nesse período que antecede o evento. Fiquem por dentro!
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Destaque
Curso de Atualização em HIV/Aids da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) 2022
por SBICurso oficial da SBI que traz os principais especialistas da área para discutir de forma prática e dinâmica os principais tópicos científicos para o manejo clínico e farmacológico de pessoas vivendo com HIV/Aids – evento online, gratuito e com certificado! Datas e horários: 3 a 7 de outubro (segunda à sexta), início às 20h de cada dia Confira a programação completa: Segunda, dia 03/outubro às 20h “Atualização no PCDT adultos e adolescentes” com o Dr. Márcio Fernandes “Terapia antirretroviral com esquemas duplos” com a Dra. Tânia Vergara “Moderação e debate científico” com o Dr. Alexandre Naime Barbosa Terça, dia 4/outubro às 20h “Terapia de Resgate e abandono de tratamento” com o Dr. Ricardo Diaz “Prevenção do HIV” com o Dr. José Valdez Madruga “Moderação e debate científico” com o Dr. Dr. Gustavo Pinto Quarta, dia 05/outubro às 20h “HIV e Comorbidades” com a Dra. Mônica Gomes “Monkeypox” com a Dra. Roberta Schiavon Nogueira “Moderação e debate científico” com o Dr. Rodrigo Molina Quinta, dia 06oOutubro às 20h “HIV em Mulheres” com a Dra. Gisele Gosuen “Tratamento antirretroviral em crianças” com a Dra. Daniela Vinha Bertolini “Moderação e debate científico” com a Dra. Karen Morejon Sexta, dia 07/outubro às 20h “Coinfecção HIV-Tuberculose” com a Dra. Camila Rodrigues “Atualização no tratamento de Infecções oportunistas” com o Dr. Luiz Fernando Passoni “Moderação e debate científico” com a Dra. Tânia Vergara Inscrições em https://medictalks.com/hivsbi/
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A recente declaração de emergência global por conta da monkeypox pela Organização Mundial de Saúde (OMS) deixou em alerta muitos países, especialmente o Brasil. Atualmente, o país está entre os dez em número de casos confirmados e já com notificação de óbito. Diante desse cenário somando-se ao da covid-19, o alerta é iminente. Com mais de mil casos confirmados de monkeypox no Brasil até hoje (29/7/2022), a Sociedade Brasileira de Infectologia juntamente com a Sociedade Brasileira de Urologia emitiram uma NOTA DE ALERTA SOBRE A EPIDEMIA DE “Monkeypox”. Para acessá-la na íntegra, clique no botão abaixo.
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