Emprego de oxímetros para evitar a hipóxia silenciosa entre pacientes de COVID-19 sintomáticos faz cair as taxas de internação e mortalidade
Os resultados do projeto Alert(ar) em comunidades de Curitiba-PR são muito animadores. Por conta do uso constante de oxímetros para aferir a oxigenação sanguínea de pacientes de COVID-19 sintomáticos e com mais de 60 anos, tem sido possível reduzir amplamente internação e mortalidade entre este perfil da população.
Até o dia 29 de setembro, haviam sido acompanhados 6.147 pacientes com 60 anos ou mais. Destes, 107 necessitaram de hospitalização, e 38 precisaram ser internados em UTI (seis fizeram uso de ventilação mecânica). Infelizmente, houve 17 óbitos neste grupo, o que representa uma taxa de letalidade de 0,27%, 10 vezes menor do que a letalidade geral no mundo entre todas as faixas etárias.
Somente no distrito sanitário de Tatuquara, na capital paranaense, foram monitorados 356 pacientes sintomáticos, totalizando 1.253 aferições com oxímetros até o dia 13 de outubro. Destes, 79 foram encaminhados para tratamento precoce nas Unidades de Pronto-Atendimento e 13 precisaram ser internados. Três pacientes foram a óbito.
Fica evidente que evitar a hipóxia silenciosa (quando cai o índice de oxigênio no sangue sem que o paciente sinta falta de ar) é fundamental para diminuir as taxas de internação em UTI e de óbito entre pacientes de COVID-19 sintomáticos, acima de 60 anos e/ou pacientes de diabetes e doenças cardiovasculares.
O projeto Alert(ar), uma parceria da SBI com o Instituto Estáter, tem o objetivo de distribuir oxímetros entre profissionais de Saúde que atendem comunidades de diversas cidades do país. Com a aferição duas vezes ao dia, é possível diagnosticar a hipóxia silenciosa precocemente.
Além de Curitiba, Sorocaba e Campinas, no interior de São Paulo, já contam com a presença do projeto Alert(ar), além de localidades em Santa Catarina, Rio Grande do Norte e do Ceará.
“Estes dados de Curitiba são muito animadores e bem-vindos, comprovando a importância do alerta a respeito da hipóxia silenciosa na pandemia de COVID-19 a fim de evitar internações e mortes. O Projeto Alert(ar) vai crescer ainda mais e seguir auxiliando profissionais de Saúde e pacientes de muitas cidades do país”, diz o médico infectologista Clóvis Arns da Cunha, presidente da SBI.