Metas vacinais baixas e problemas com abastecimento expõem uma realidade preocupante para a imunização brasileira
A vacinação da população brasileira foi um dos assuntos mais destacados dentro da dentro da Infectologia, seja em âmbito regional ou nacional, em 2024. Diversos aspectos, desde a necessidade de maior imunização entre todos os grupos até problemas com a falta de vacinas estiveram na pauta junto dos profissionais de saúde e da população como um todo.
Outros aspectos nesse debate são a hesitação vacinal e as metas não atingidas com muitas vacinas, que desenham um cenário desafiador para o Brasil na atualidade hoje e nos próximos anos. “Temos que incentivar sempre a vacinação em todo o país. Mais que um problema, temos que apontar soluções e mostrar os reais benefícios das vacinas. Nós podemos fazer muito e conscientizar, cada vez mais, as pessoas. É muito importante termos uma responsabilidade médica em relação às vacinas”, diz Rosana Richtmann, coordenadora do comitê de imunizações da Sociedade Brasileira de Infectologia.
Um contraponto relevante também é a real necessidade de reforçar a imunização em grupos prioritários como prematuros, população indígena, gestantes, imunossuprimidos, idosos entre outros. Isso é uma preocupação dos especialistas, já que muitas pessoas não se vacinam de acordo com a recomendação e outros fatores têm levado a problemas para a saúde pública, inclusive com o retorno ou aumento de doenças antes controladas “Das notícias falsas até o sucesso do nosso programa de imunizações, temos um aprendizado: precisamos falar e reforçar a mensagem de que a vacinação deve ser prioritária e previne todos, nas mais distintas faixas etárias”, diz Rosana.
Por fim, um aspecto indispensável e quanto à proteção coletiva, ou seja, sem a devida imunização em massa, a população fica desprotegida e acarreta em problemas de saúde que vão desde absenteísmos, pronto socorros cheios, internações e muito mais. Vacinar é sinônimo de saúde e uma população desprotegida é como dar um passo largo para tornar um problema de saúde pública grave e de difícil resolução.