O XXIV Congresso Brasileiro de Infectologia (Infecto 2025), está se aproximando e as perspectivas para esse evento são as mais favoráveis. Concebido há dois anos e com envolvimento de especialistas do Brasil todo, o evento é um dos mais importantes do mundo da Infectologia e deve atrair cerca de 2500 médicos de todo o País para Florianópolis (SC). Para a edição desse ano, teremos novidades que visam corresponder a muitas expectativas dos congressistas, além de contemplar, da melhor forma, todas as subespecialidades da Infectologia.
Para saber mais informações do Infecto 2025, nessa SBI News, fizemos uma entrevista especial com a infectologista Renata Zomer, presidente do Infecto 2025, que falou sobre esse evento, que vai acontecer de 16 a 19 de setembro, no CentroSul, centro de convenções na capital catarinense. A seguir, a entrevista.
Qual a expectativa para o Infecto 2025?
A expectativa para o Infecto 2025 é extremamente positiva. Esperamos um congresso vibrante, plural e profundamente conectado com os desafios atuais da Infectologia no Brasil e no mundo. Florianópolis (SC) será o palco de um encontro científico de excelência, com forte integração entre atualização científica, troca de experiências e fortalecimento institucional da especialidade.
O que foi preparado e concebido para a grade científica desse evento?
A grade científica foi cuidadosamente construída com a participação ativa das comissões científicas e dos departamentos da Sociedade Brasileira de Infectologia e fizemos uma ampla divulgação do evento pelos canais de comunicação da SBI também. Buscamos contemplar os principais avanços da Infectologia com temas inovadores, sessões interativas e espaços para debates relevantes sobre políticas públicas, resistência antimicrobiana, imunizações, novas tecnologias e doenças emergentes.
Quanto ao formato das aulas e demais apresentações, também teremos novidades?
Sim. Estamos apostando em formatos mais dinâmicos e interativos que favoreçam a participação ativa dos congressistas. Além das mesas-redondas e conferências tradicionais, aulas do pré-congresso, discussões de casos clínicos desafiadores e momentos de integração multidisciplinar.
Junto da SBI e das comissões do Infecto 2025, o que foi elaborado para contemplar as necessidades dos congressistas?
Buscamos reforçar que esses eventos tenham, cada vez mais, um papel central para o infectologista, seja na assistência, na pesquisa e na formulação de políticas públicas. Também queremos fortalecer o senso de pertencimento dos profissionais à SBI, valorizando a atuação regional e a formação de jovens infectologistas. Queremos capacitar e qualificar nossos especialistas e o Infecto 2025 terá diferenciais para que todos possam ter uma troca de experiências.
Quais grandes temas podemos destacar para o Infecto 2025?
Entre os principais temas estão: resistência antimicrobiana, infecções emergentes e reemergentes, avanços em vacinas, manejo de infecções em populações vulneráveis, saúde digital e inteligência artificial aplicadas à Infectologia, além de discussões éticas e legais em torno das doenças infecciosas. Teremos inclusive cuidados paliativos como um dos temas este ano. Sem dúvida, a Infectologia é muito dinâmica, com bastante interatividade junto de tantas especialidades e temos que compartilhar cada vez mais esses conhecimentos científicos. Somos uma especialidade transversal em ambiente hospitalar e na assistência e depois da covid-19 isso ficou mais evidenciado ainda. Hoje, a Infectologia tem muito mais visibilidade, inclusive na área médica e temos que valorizar a nossa especialidade.
Desde quando vocês estão trabalhando e quais os maiores desafios para a realização desse evento?
Iniciamos o planejamento do Infecto 2025 logo após o encerramento do congresso anterior, que foi realizado em Salvador (BA), em 2023, e também muito bem-sucedido. Os principais desafios envolvem alinhar a logística de um evento desse porte com a proposta científica e institucional que desejamos entregar, sempre mantendo o compromisso com a excelência e com a sustentabilidade financeira e ambiental do congresso. Vamos manter o alto nível científico e trazer reconhecidos especialistas brasileiros e estrangeiros.
Na questão da infraestrutura como um todo, o que foi planejado para o Infecto 2025?
Optamos por um centro de convenções bem localizado, com estrutura adequada para receber um grande número de participantes com conforto e segurança. A programação será distribuída de forma a facilitar a circulação, com aplicativo oficial e comunicação visual prática que favoreça a participação em diferentes trilhas e garantir acessibilidade. A cidade tem uma boa rede hoteleira e a locomoção para ir ao evento certamente será fácil.
Como foi a participação do time da SBI como um todo para que o evento fosse feito para atender todas as necessidades do Infecto 2025?
A construção do Infecto 2025 tem sido um processo coletivo e colaborativo. As comissões da SBI, os departamentos científicos e os diretores regionais têm contribuído ativamente com sugestões, revisões e validações. Esse envolvimento plural garante que o congresso reflita a diversidade e a força da nossa especialidade. É um processo de longo prazo, mas que teremos resultados bem satisfatórios e para todos os interessados. Sem dúvida, é um longo planejamento e precisamos estudar muito até finalizarmos todas as atividades de um evento desse porte.
Quais os diferenciais que Florianópolis deve oferecer aos congressistas?
Florianópolis alia excelente infraestrutura com um ambiente acolhedor e de beleza única. Além de ser um polo importante de ciência e inovação em saúde, oferece uma atmosfera que favorece a convivência, a troca de experiências e o bem-estar dos participantes. É um destino inspirador e acessível, o que fortalece o espírito de integração do congresso. Aos interessados, sugerimos ampliar esse período a um turismo para as praias de Santa Catarina, que são muito interessantes também, ou mesmo destinos regionais pelo interior. Vale muito a pena.
O que você, como presidente do Infecto 2025, gostaria de deixar como registro para a história dos eventos da SBI?
Gostaria de deixar como marca um congresso acolhedor, inovador e transformador — que valorizou as pessoas, promoveu ciência de excelência e fortaleceu os vínculos da comunidade infectológica. Que o Infecto 2025 seja lembrado não apenas pelo conteúdo, mas pela forma humana, ética e colaborativa com que foi realizado.