Com altas temperaturas e urbanização descontrolada, acidentes com animais peçonhentos são elevados todos os anos
O aumento significativo de acidentes e consequentemente mortes por animais peçonhentos no Brasil é um problema de saúde pública e que chama a atenção de autoridades de saúde. “Altas temperaturas, umidade por meio de chuvas e as mudanças climáticas afetam muito a vida de animais peçonhentos. Há, sem dúvida, um crescimento substancial de acidentes com serpentes, abelhas e escorpiões e isso é preocupante”, diz o infectologista Benedito Barraviera, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia.
Nos últimos boletins epidemiológicos divulgados pelo Ministério da Saúde, foram notificados 342.713 casos de acidentes por ofídios, 292 mil por escorpiões e 33 mil por picadas de abelhas. Os casos crescem anualmente, são bem representativos, abrangem o Brasil todo e muitos ainda não são notificados.
Além do número elevado de acidentes, o de óbitos também cresce a cada ano e diversos aspectos são envolvidos nessa questão. “É um problema de saúde pública, resultante da urbanização descontrolada e que nos preocupa cada vez mais, pois esse aumento substancial de acidentes com animais peçonhentos tende a se elevar ainda mais nos próximos anos e por diversos motivos”, completa Barraviera.