Ministério da Saúde orienta para a atualização da carteira de vacinação contra covid-19 e influenza como medidas eficazes contra esse vírus
Desde 2024, surgiram casos de metapneumovírus (HPMV) no Brasil, em especial nos estados do Paraná e Pernambuco. Isso fez com que o Ministério da Saúde começasse a adotar um monitoramento desse vírus, já que na China os casos aumentaram consideravelmente, provocando surto e infecções respiratórias, especialmente entre crianças.
Por enquanto, não existe alerta internacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas a vigilância epidemiológica brasileira está alinhada com várias entidades para analisar a situação e compartilhar informações relevantes sobre o HPMV. “Esse vírus é conhecido há muitos anos e devemos ter cautela, pois apresenta sintomas bem específicos. O importante é que muitas infecções podem apresentar manifestações similares como covid-19 e gripe, por exemplo. Por isso devemos manter a vacinação em dia para esses outros agentes”, diz Marcelo Otsuka, coordenador do comitê de infectologia pediátrica da Sociedade Brasileira de Infectologia.
Há mais de vinte anos esse vírus circula no Brasil e, embora o risco de uma pandemia seja considerado baixo pelos especialistas, o Ministério da Saúde reforça a necessidade de medidas preventivas e controle de infecções respiratórias, sobretudo em idosos, gestantes, crianças e pessoas com comorbidades.
Diante desse vírus, há recomendações importantes e que podem proteger as pessoas. “Medidas de higiene como lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou com álcool em gel, a utilização de máscaras em locais fechados e com aglomeração de pessoas e o distanciamento de indivíduos que tiverem sintomas respiratórios são formas eficazes de prevenir a transmissão desses agentes”, completa Otsuka.
Atualmente, a vigilância do HMPV é realizada por meio do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (Sivep), com a identificação de casos por meio dos Núcleos Hospitalares de Epidemiologia (NHEs) em serviços de saúde. Esses núcleos monitoram a circulação de vários patógenos respiratórios, incluindo o HMPV nas diversas regiões brasileiras. Entretanto, muitos serviços não conseguem realizar esses exames e os dados que temos do metapneumovirus podem ser muito maiores do que os notificados.